quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Claustrofobia
Se eu pudesse ter outra chance, certamente faria algo diferente, me sairia bem melhor do que fui. Meu olhar não seria displicente, nem disfarçado; nem minha boca tão obediente.
Preciso conter esse arrependimento por não ter sido mais inconsequente. Todas essas precauções que têm me envolvido ainda não me levaram à emoção implorada pelo meu coração, ele está inerte, e até maculado com tantas dúvidas e anseios não alcançados. O medo é sempre maligno e incansável, involuntariamente sinto-me cega para enxergar a beleza que se esconde por trás do desconhecido, prefiro dar ouvidos ao medo porque aparentemente essa opção é bem segura, mas isso não passa o começo da ruína. Não quero mais fugir do inevitável, estou de braços abertos para a insegurança do incerto, e que tudo o mais se esvazie para tornar meu mundo mais leve.
E então quando eu tiver essa almejada ''deixa do destino'', darei um real adeus à toda razão sufocante, não aguento mais tantos planos, deixo isso para os entediantes. Quero sair desse lugar que limita minha visão da felicidade, necessito agora de um espaço maior, mais evidente e vunerável, quem sabe assim descubro o que havia escondido todo esse tempo. (Priscilla Leticia S. Pereira)


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