Depois da exposição da acepção dessa palavra bonita já posso dizer que nesse exato momento me encontro na fase mais polifagica da minha vida, se é que existe essa adaptação para a palavra.
Meus pais sempre perderam neurônios com a preocupação da minha inapetência seja pra qual fosse o estilo de alimento, saudável, gorduroso, guloseimico... enfim, eu nunca fui muito boa no exercício de "levatamento de garfo", e confesso até, que algumas vezes, cheguei à medíocre opinião de que as pessoas que não conseguiam conter essa prática ou hábito, eram descontroladamente dominadas pela gula.
Mas, a cada dia me torno mais convicta de que nada na vida pode ser absolutizado, e que palavras como: Nunca, sempre, eterno e jamais, por exemplo, são uma completa farsa, e porque não dizer uma piada? Não adianta "entrar" na alienação de acreditar que elas podem se concretizar, isso porque, além da alienação perdurar pouco tempo (diante da inevitável "quebra" de mais esta regra), as pessoas que chegam a afirmar ou juramentar algo mediante o uso dessas palavras acabam seriamente frustadas, ou na melhor das hipóteses se autojulgando ou sendo julgadas hipócritas, por terem um dia proferido as tais asneiras.
O exemplo outrora citado foi uma, das muitas coisas, que me ocorreram pra fincar essa certeza em mim, a certeza de que aquelas pessoas que eu precipitadamente e erroneamente jugara, são refletidas em meu lugar quando me olho no espelho hoje, e será sempre assim, ou melhor, em grande parte das vezes será assim, já que essa palavra(sempre), bem como algumas outras, não são do bem, aliás, eu realmente tenho medo do peso da vinculação atrelada à elas, ademais num mundo onde as pessoas se preocupam cada vez mais em interpretar as coisas que falamos "ao pé da letra", e, é de bom tom lembrar que, com o perdão do trocadilho, letra não tem pé. [Priscilla L. S. Pereira]
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