quinta-feira, 27 de junho de 2013

Blowin' in the wind (Bob Dylan)- 1966


É uma causa bem antiga!

O manifesto - Sob outras perspectivas

Texto analítico interessante sobre as perspectivas trazidas com os manifestos.
De Vinicius Torres Freire, Colunista da Folha de São Paulo. 

"O mundo cobra mais caro para emprestar dinheiro ao Brasil neste junho de 2013, dadas as bobagens econômicas que fizemos e uma reviravolta na finança mundial. A grande finança saca investimentos daqui. Especula contra o real (que se desvaloriza).
Seja chantagem ou não, a finança e empresas começam a dizer também que os protestos de rua tendem a derrubar o interesse pelas privatizações de serviços e obras públicas marcadas para este ano (concessões de estradas, ferrovias, portos etc.). Empreiteiras e outras empresas interessadas nos negócios já levaram esta conversa com integrantes do governo Dilma Rousseff.
Qual é a conversa? O protesto na rua intimidou governantes, que revogam ou evitam aumentos de tarifas de serviços públicos. Empresas concessionárias de serviços públicos vivem de tarifas, claro. Se há risco de repressão dos reajustes de tarifas, há risco de a rentabilidade do negócio ir para o vinagre.
Note-se de passagem que, até agora, os governos (contribuintes) estão bancando reajustes que não foram feitos. A conta ainda não caiu no caixa de nenhuma empresa.
Voltando ao assunto: em tese, o argumento do aumento da incerteza das empresas é óbvio e racional. Mas também pode ser um jeito de as empresas fazerem pressão sobre o governo, de modo a aumentar a taxa de retorno do negócio (com o que os preços dos serviços podem ficar mais altos).
De qualquer modo, a pressão pode funcionar. O governo federal está acuado em várias frentes.
O país cresce pouco, a receita do governo também, há risco de o governo não cumprir metas fiscais (de poupança, de gastos) e, assim, desmoralizar ainda mais sua política econômica.
Concessões bem-sucedidas poderiam ser um alívio: entraria dinheiro no caixa, o clima econômico melhoraria, viria algum investimento novo. O risco de também essa válvula de escape entupir assusta bastante um governo já meio sufocado.
Quanto tempo vai durar a "repressão tarifária"? Tarifas devem ficar em banho-maria enquanto os protestos transbordarem nas ruas e sua memória ainda estiver fresca. Mas, logo a seguir, em cerca de um ano, começa a campanha eleitoral. Logo, parece difícil que a "janela de oportunidade" dos aumentos se abra tão cedo.
Repressão tarifária tende a provocar rombos nos orçamentos dos governos ou corte de investimentos, pelo menos no curto prazo. Logo, também é um fator de deterioração econômica.
A reação demagógica e incompetente de governantes e parlamentares aos protestos também pode ser outro fator de degradação das contas públicas e, por tabela, da economia, não apenas no curto prazo.
Quase todo mundo comemora a ideia de usar 100% dos royalties do petróleo em gastos da educação.
Surgiu até a ideia brilhante de pagar o passe livre de estudantes com o dinheiro que um dia virá do petróleo, que mui propriamente brotou da cabeça privilegiada de Renan Calheiros, paladino do povo.
Carimbar verbas para isso ou aquilo, de resto sem mesmo antes verificar a eficiência do gasto presente ou se existem outras prioridades, é receita de desperdício (o que é também uma forma de favorecer corrupções e desvios de verba).''

sábado, 22 de junho de 2013

Um visitante judeu foi morto, na manhã de sexta-feira (21), nas proximidades do Muro das Lamentações. De acordo com a Polícia israelense, ele foi aparentemente confundido com um militante palestino.
Doron Ben Shlush, 46, teria gritado "Allahu akbar" (Deus é maior, em árabe), ao que um segurança particular reagiu, atirando diversas vezes. Shlush morreu no local, devido aos ferimentos. "Allahu akbar" é uma frase usada comumente em árabe, como demonstração religiosa. Ela faz parte, por exemplo, do chamado às rezas no islamismo. Mas, historicamente, essa fala tem sido associada com o terrorismo e com o extremismo religioso.
O Muro das Lamentações é o local mais sagrado para o judaísmo, venerado como trecho remanescente do templo destruído pelos romanos no 1º século d.C.
Esse muro faz parte, também, do complexo religioso que contém, hoje, o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, a terceira mais sagrada para o islamismo.
Segundo a rádio pública israelense, o segurança que disparou contra o visitante tem 25 anos de idade e afirmou ter pensado que o homem retirava algo de seus bolsos.
Ele foi interrogado pelas autoridades locais, e o nome dele está sendo mantido em sigilo. De acordo com porta-voz da Polícia ouvido pela Folha, o segurança será mantido em detenção por ao menos cinco dias durante as investigações.
Frequentadores dos arredores do Muro das Lamentações descrevem a vítima como um homem inofensivo, apesar de aparentemente instável emocionalmente. (Fonte: Folha de São Paulo)

Em pleno século XXI, eu só consigo concluir que o ser humano padece de um processo assustadoramente regressivo. Como o teocracismo é capaz de dominar mentes a tal ponto?

Outro caos vivenciado esta semana foi a notícia de que o CN reconheceu ser legítimo o tratamento junto aos profissionais de psicologia, de pessoas com orientações homossexuais, o que significa isso? Não foi à toa que, durante o manifesto ocorrido aqui em Jampa nesta última quinta-feira, ouvia-se a "marchinha": "Doutor, eu não me engano, o doente é Feliciano!" Marco Feliciano é o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que aprovou o projeto de lei da chamada CuraGay!