"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Se queres viver de forma criativa
"É raro ver-se um artista na casa dos 30 ou dos 40 anos contribuir com alguma coisa realmente extraordinária. É claro que existem algumas pessoas com uma curiosidade inata, que são eternas crianças na maneira como se maravilham com a vida, mas são raras.
Os nossos pensamentos constroem padrões semelhantes a dobras na nossa mente. Nós estamos efectivamente a esboçar padrões químicos. Na maioria dos casos, as pessoas ficam presas nesses padrões, como nos sulcos de um disco, e nunca saem deles.
Se quisermos viver a vida de forma criativa, como um artista, não podemos olhar muito para trás. Temos de estar dispostos a agarrar naquilo que fizemos, na pessoa que fomos, e deitá-lo fora.
Quanto mais o mundo exterior tenta impor-nos uma imagem nossa, mais difícil é continuarmos a ser um artista, e é por isso que muitas vezes os artistas têm de dizer: «Adeus. Tenho de ir. Estou a ficar maluco e vou sair daqui.» E depois ir hibernar para qualquer lado. Talvez mais tarde, voltemos a emergir de uma maneira um pouco diferente."
[Steve Jobs]
Os nossos pensamentos constroem padrões semelhantes a dobras na nossa mente. Nós estamos efectivamente a esboçar padrões químicos. Na maioria dos casos, as pessoas ficam presas nesses padrões, como nos sulcos de um disco, e nunca saem deles.
Se quisermos viver a vida de forma criativa, como um artista, não podemos olhar muito para trás. Temos de estar dispostos a agarrar naquilo que fizemos, na pessoa que fomos, e deitá-lo fora.
Quanto mais o mundo exterior tenta impor-nos uma imagem nossa, mais difícil é continuarmos a ser um artista, e é por isso que muitas vezes os artistas têm de dizer: «Adeus. Tenho de ir. Estou a ficar maluco e vou sair daqui.» E depois ir hibernar para qualquer lado. Talvez mais tarde, voltemos a emergir de uma maneira um pouco diferente."
[Steve Jobs]
"Se a vida tem mesmo algum sentido, é só pela consciência de termos capacidade de trabalhar. O trabalho do escritor, do compositor, do artista independe da idade, das condições sociais... O criador espiritual é o único homem que leva para a velhice o sentido da vida, a possibilidade de criar. Já o cientista, se não tem laboratório e cátedra, fica estéril."
Sándor Márai, "O sentido da vida como capacidade de criar" in 'Diário' .
Sándor Márai, "O sentido da vida como capacidade de criar" in 'Diário' .
terça-feira, 20 de agosto de 2013
"Better Days" - Eddie Vedder
Música feita por Eddie Vedder especialmente para ser trilha sonora do filme: "Comer, rezar e amar!" uma adpatação do livro "Eat, Pray, Love: One Woman's Search for Everything Across Italy, India and Indonesia"escrito em 2006 por Elizabeth Gilbert.
"É melhor viver o seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação da vida de outra pessoa com perfeição." [ Elizabeth Gilbert]
Vence a tua inércia!
"O destino que nos oprime é a inércia do nosso espírito. Através do alargamento e formação da nossa actividade transmutamo-nos, nós próprios, em Destino.
Tudo parece fluir para nós vindo do exterior, porque nós não fluímos para o exterior. Somos negativos, apenas, porque o queremos - quanto mais positivos nos tornarmos, mais negativo será o mundo à nossa volta - até que, por fim, já não haverá negação e nós seremos tudo em tudo.
Se o nosso corpo, em si mesmo, não é senão um centro de acção comum dos nossos sentidos - se nós possuímos o domínio dos nossos sentidos - se os podemos fazer agir à vontade - se os podemos centrar em comunidade, então não depende senão de nós o darmos a nós próprios o corpo que queremos.
Sim, se os nossos sentidos não são senão modificações do órgão pensante - do elemento absoluto - então poderemos, também, pela dominação deste elemento, modificar e dirigir, como nos agradar, os nossos sentidos."
Friedrich von Hardenberg Novalis, in "Fragmentos", Alemanha.
Tudo parece fluir para nós vindo do exterior, porque nós não fluímos para o exterior. Somos negativos, apenas, porque o queremos - quanto mais positivos nos tornarmos, mais negativo será o mundo à nossa volta - até que, por fim, já não haverá negação e nós seremos tudo em tudo.
Se o nosso corpo, em si mesmo, não é senão um centro de acção comum dos nossos sentidos - se nós possuímos o domínio dos nossos sentidos - se os podemos fazer agir à vontade - se os podemos centrar em comunidade, então não depende senão de nós o darmos a nós próprios o corpo que queremos.
Sim, se os nossos sentidos não são senão modificações do órgão pensante - do elemento absoluto - então poderemos, também, pela dominação deste elemento, modificar e dirigir, como nos agradar, os nossos sentidos."
Friedrich von Hardenberg Novalis, in "Fragmentos", Alemanha.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Meu par
"Amanheceu novamente, e reincidentemente, vc não estava ao meu lado, seguir não é tão animador. Quantos “nascer de sol” irei vislumbrar sem o calor do aconchego que teus braços me doam? Sem as manhãs banhadas pelo bem estar genuíno que só tua presença me traz, sem o sorriso esculpido em teus lábios, fruto de da minha inspiração. Sem teu cheiro de doçura que inebria, estonteia, causa-me puro prazer, sem o castanho incomparável dos teus olhos ao me olharem de um jeito como jamais alguém me olhou. Meu par reluzente, afável companhia, alminha ímpar, tu." [Sefora Jefté]
sábado, 17 de agosto de 2013
A minha biblioteca é o meu harém! [Puschkine]
"Olho para as centenas de livros no meu gabinete e apercebo-me que não toquei na maior parte deles depois de os ter lido ou dado uma vista de olhos pela primeira vez. Mas nem sequer considero a hipótese de me desfazer deles - então, e se eu quiser abrir este ou aquele um dia destes? Gastei o meu último dinheiro tanto a adquirir novos livros como em prostitutas. Comprar livros novos é um prazer muito diferente do prazer de ler: examinar, cheirar, folhear um livro novo é a própria felicidade.
Os livros dão-me confiança pela sua disponibilidade, de que posso sempre aproveitar-me se quiser. O mesmo acontece com as mulheres - preciso de muitas delas e têm de se abrir à minha fente como os livros. Na verdade, para mim, os livros e as mulheres são semelhantes de muitas formas. Abrir as páginas de um livro é o mesmo que afastar as pernas de uma mulher - o conhecimento revela-se à nossa vista.
Todos os livros têm um odor próprio: quando abrimos um livro e cheiramos, cheiramos a tinta, e é diferente em cada livro. Rasgar as páginas de um livro é um prazer inenarrável. Mesmo um livro estúpido me dá prazer quando o abro pela primeira vez. Quanto mais esperto for, mais me atrai, e a beleza da capa não é importante para mim. Isto não é necessariamente verdade para as mulheres.
Tal como uma mulher se pode vir com qualquer homem habilidoso, assim um livro se abre a qualquer um que lhe pegue. Dará o prazer da sua sabedoria a quem for capaz de o compreender. Por isso sou cioso dos meus livros e não gosto de os dar a ninguém para ler. A minha biblioteca é o meu harém."
Alexander Puschkine, in 'Diário Secreto'
Os livros dão-me confiança pela sua disponibilidade, de que posso sempre aproveitar-me se quiser. O mesmo acontece com as mulheres - preciso de muitas delas e têm de se abrir à minha fente como os livros. Na verdade, para mim, os livros e as mulheres são semelhantes de muitas formas. Abrir as páginas de um livro é o mesmo que afastar as pernas de uma mulher - o conhecimento revela-se à nossa vista.
Tal como uma mulher se pode vir com qualquer homem habilidoso, assim um livro se abre a qualquer um que lhe pegue. Dará o prazer da sua sabedoria a quem for capaz de o compreender. Por isso sou cioso dos meus livros e não gosto de os dar a ninguém para ler. A minha biblioteca é o meu harém."
Alexander Puschkine, in 'Diário Secreto'
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Meu vôo
"Ela deambulava gradualmente e, à medida em que se distanciava de casa, cuidava em apressar-se como que numa tentativa de fuga ofuscada na sutileza de seus passos que, embora fossem firmes, careciam de cautelosa discrição.
Um pássaro sorrateiro que escapa sedento do azul inebriante dos mais longínquos horizontes, dos formidáveis tons esculpidos artesanalmente naquele céu, da peculiaridade existente em cada som pronunciado pelos mares, da brisa que acaricia os frutos do vigoroso Plátano nas tardes de outubro, do cheiro antigo de uma liberdade pouco vivida e que agora estava ali, sorrindo largamente para aquela ave dançante, sonhadora. Se era demasiado tarde? Ela nunca se importou.
O combustível para suas asas era composto de audácia e pujança, não havia nada capaz de frustrar os ideais que saltitavam em sua mente, já despida daqueles valores descaradamente invertidos e impregnados pela sociedade, das prioridades ignóbeis tatuadas em tantos corpos frívolos, infecundos, das fragrâncias sórdidas da desigualdade, egocentrismo, e da alienação encarcerada, que pairavam nos ares daquele lugar..."
[Sefora Jefté, em "Meu vôo", agosto de 2013]
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Morrissey - There Is A Light That Never Goes Out (live in Manchester) 20...
"Take me out tonight...Take me anywhere... i don't care, i don't care, i don't care..." [The Smiths]
Contra a ansiedade (Sêneca)
Sempre que te aconteça alguma coisa contrária à tua expectativa diz a ti mesmo que os deuses tomaram uma decisão superior! Com semelhante disposição de espírito, nada terás a temer. Esta disposição de espírito consegue-se pensando na instabilidade da vida humana antes de a experimentarmos em nós, olhando para os filhos, a mulher, os bens como algo que não possuiremos para sempre, e evitando imaginarmo-nos mais infelizes um dia que deixemos de os possuir. Será a ruína do espírito andarmos ansiosos pelo futuro, desgraçados antes da desgraça, sempre na angústia de não saber se tudo o que nos dá satisfação nos acompanhará até ao último dia; assim, nunca conseguiremos repouso e, na expectativa do que há-de vir, deixaremos de aproveitar o presente. Situam-se, de facto, ao mesmo nível a dor por algo perdido e o receio de o perder. Isto não quer dizer que te esteja incitando à apatia! Pelo contrário, procura evitar as situações perigosas; procura prever tudo quanto seja previsível; procura conjecturar tudo o que pode ser-te nocivo muito antes de que te suceda, para assim o evitares. Para tanto, ser-te-á da maior utilidade a autoconfiança, a firmeza de ânimo apta a tudo enfrentar. Quem tem ânimo para suportar a fortuna é capaz de precaver-se contra ela; mas nada de angústias quando tudo estiver tranquilo!
O cúmulo da desgraça e da estupidez está no medo antecipado: que loucura é esta, ser infeliz antecipadamente? Em suma, para numa palavra te resumir o que eu penso e te descrever como são estes homens que, à força de se preocuparem, só conseguem fazer mal a si próprios: tanta falta de moderação eles mostram em plena desgraça como antes dela! Quem sofre antes de tempo sofre mais do que o devido; uma mesma incapacidade leva-o a não prever a presença da dor onde não a espera; uma mesma imoderação fá-lo imaginar permanente a sua felicidade, imaginar que os bens que o acaso lhe deu não só hão-de perdurar como também de multiplicar-se; esquecido do trampolim que é a vida humana, convence-se de que no seu caso, por excepção, o acaso deixará de se fazer sentir.
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
terça-feira, 13 de agosto de 2013
iConcerts - Roger Hodgson - Dreamer (live)
-If i could see something...
-You can see anything you want, boy
-If i could be someone...
-You can be anyone, celebrate boy
-If i could do something...
-Well you can do something
-If i could do anything...
-Well can you do something out of this world?
Sentir-se Amado
O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."
[Marta Medeiros]
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."
[Marta Medeiros]
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Johnny Cash - Hurt (Real GQ - Good Quality)
"If a could start again a million miles away, i would keep myself, i would find a way..."
"Full of broken thoughts..."
Uma nação sem ideal desaparece rapidamente da História
"Qualquer que seja a raça ou o tempo considerado, o objectivo constante da atividade humana foi sempre a pesquisa da felicidade, a qual consiste, em última análise, ainda o repito, em procurar o prazer e evitar a dor. Sobre essa concepção fundamental os homens estiveram constantemente de acordo; as suas divergências aplicam-se somente à idéia que se concebe da felicidade e aos meios de a conquistar.
As suas formas são diversas, mas o termo que se tem em mira é idêntico. Sonhos de amor, de riqueza, de ambição ou de fé são os possantes factores de ilusões que a natureza emprega para conduzir-nos aos seus fins. Realização de um desejo presente ou simples esperança, a felicidade é sempre um fenómeno subjectivo. Desde que os contornos do sonho se implantam um pouco no espírito, com ardor nós tentamos obtê-lo.
Mudar a concepção da felicidade de um indivíduo ou de um povo, isto é, o seu ideal, é mudar, ao mesmo tempo, a sua concepção da vida e, por conseguinte, o seu destino. A história não é mais do que a narração dos esforços empregues pelo homem para edificar um ideal e destruí-lo em seguida, quando, tendo-o atingido, descobre a sua fragilidade.
A esperança de felicidade concebida por cada povo e as crenças que constituem a sua fórmula representam sempre o factor da sua pujança. O seu ideal nasce, cresce e morre com ele, e, qualquer que seja, dota de grande força o povo que o aceita. Essa força é tal que o ideal actua, mesmo quando promete pouca coisa. Compreende-se o mártir, para quem a fogueira simbolizava a porta do céu; mas, que proveito podiam retirar das suas cavalgadas através do mundo um legionário romano e um soldado de Napoleão? A morte ou ferimentos. O seu ideal coletivo era, entretanto, bastante forte para velar todos os sofrimentos. Considerarem-se heróis dessas grandes epopéias era para eles um ideal de felicidade, um paraíso, presente divinamente encantador. Uma nação sem ideal desaparece rapidamente da história."
Gustave Le Bon, in "As Opiniões e as Crenças"
As suas formas são diversas, mas o termo que se tem em mira é idêntico. Sonhos de amor, de riqueza, de ambição ou de fé são os possantes factores de ilusões que a natureza emprega para conduzir-nos aos seus fins. Realização de um desejo presente ou simples esperança, a felicidade é sempre um fenómeno subjectivo. Desde que os contornos do sonho se implantam um pouco no espírito, com ardor nós tentamos obtê-lo.
A esperança de felicidade concebida por cada povo e as crenças que constituem a sua fórmula representam sempre o factor da sua pujança. O seu ideal nasce, cresce e morre com ele, e, qualquer que seja, dota de grande força o povo que o aceita. Essa força é tal que o ideal actua, mesmo quando promete pouca coisa. Compreende-se o mártir, para quem a fogueira simbolizava a porta do céu; mas, que proveito podiam retirar das suas cavalgadas através do mundo um legionário romano e um soldado de Napoleão? A morte ou ferimentos. O seu ideal coletivo era, entretanto, bastante forte para velar todos os sofrimentos. Considerarem-se heróis dessas grandes epopéias era para eles um ideal de felicidade, um paraíso, presente divinamente encantador. Uma nação sem ideal desaparece rapidamente da história."
Gustave Le Bon, in "As Opiniões e as Crenças"
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Entrevista com Deus
"Então você gostaria de me entrevistar?" disse Deus.
"Se VOCÊ tiver tempo." eu disse.
Deus sorriu. "Meu tempo é a eternidade, que pergunta tens em mente para me fazer?"
"O que na humanidade mais te impressiona?"
Deus respondeu: O que mais me impressiona é que eles ficam entediados na infância - se apressam em crescer e depois desejam ser crianças novamente. Que perdem sua saúde para ganhar dinheiro e depois gastam esse dinheiro para recuperar sua saúde. Que eles pensam ansiosamente sobre o futuro mas não vivem nem o presente nem o futuro. Que eles vivem suas vidas como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivesse vivido...."
As mãos de Deus tocaram as minhas, ficamos em silêncio por um momento e então perguntei...."Sendo um pai, quais lições de vida você quer que seus filhos prendam?"
Deus responde com um sorriso: "Aprendam que eles não podem fazer ninguém os amar. O que eles podem fazer é se deixarem ser amados. Aprendam que o que é mais valioso não é o que eles têm em suas vida, mas as pessoas que eles têm em suas vidas.
Aprendam que não é bom compararem-se uns aos outros.
Aprendam que uma pessoa rica não é aquela que têm o máximo, mas sim aquela que precisa do mínimo para viver ( mesmo tendo tudo).
Aprendam que leva apenas alguns segundos para ferir a pessoa que você ama e que pode levar muitos anos para serem curadas.
Aprendam a perdoar praticando o perdão.
Aprendam que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e ver coisas diferentes.
Aprendam que nem sempre é suficiente ser perdoado pelos outro se você não tiver se perdoado.
Aprenda que eu SEMPRE estarei aqui pra TUDO"
(Autor Desconhecido)
"Se VOCÊ tiver tempo." eu disse.
Deus sorriu. "Meu tempo é a eternidade, que pergunta tens em mente para me fazer?"
"O que na humanidade mais te impressiona?"
Deus respondeu: O que mais me impressiona é que eles ficam entediados na infância - se apressam em crescer e depois desejam ser crianças novamente. Que perdem sua saúde para ganhar dinheiro e depois gastam esse dinheiro para recuperar sua saúde. Que eles pensam ansiosamente sobre o futuro mas não vivem nem o presente nem o futuro. Que eles vivem suas vidas como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivesse vivido...."
As mãos de Deus tocaram as minhas, ficamos em silêncio por um momento e então perguntei...."Sendo um pai, quais lições de vida você quer que seus filhos prendam?"
Deus responde com um sorriso: "Aprendam que eles não podem fazer ninguém os amar. O que eles podem fazer é se deixarem ser amados. Aprendam que o que é mais valioso não é o que eles têm em suas vida, mas as pessoas que eles têm em suas vidas.
Aprendam que não é bom compararem-se uns aos outros.
Aprendam que uma pessoa rica não é aquela que têm o máximo, mas sim aquela que precisa do mínimo para viver ( mesmo tendo tudo).
Aprendam que leva apenas alguns segundos para ferir a pessoa que você ama e que pode levar muitos anos para serem curadas.
Aprendam a perdoar praticando o perdão.
Aprendam que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e ver coisas diferentes.
Aprendam que nem sempre é suficiente ser perdoado pelos outro se você não tiver se perdoado.
Aprenda que eu SEMPRE estarei aqui pra TUDO"
(Autor Desconhecido)
Reinstalar a Solidariedade Humana
"Os valores da solidariedade humana que outrora estimularam a nossa demanda de uma sociedade humana parecem ter sido substituídos, ou estar ameaçados, por um materialismo grosseiro e a procura de fins sociais de gratificação instantânea. Um dos desafios do nosso tempo, sem ser beato ou moralista, é reinstalar na consciência do nosso povo esse sentido de solidariedade humana, de estarmos no mundo uns para os outros, e por causa e por meio dos outros."
Nelson Mandela, in 'Walk to Freedom', África do Sul.
Nelson Mandela, in 'Walk to Freedom', África do Sul.
O transitório e o Duradouro - Goethe
"Lastimo os que atribuem grande importância ao tema do transitório das coisas e que se perdem em minudências terrenas sem valor. Porque nós existimos precisamente para transformar o transitório em duradouro, e tal só acontece quando somos capazes de apreciar ambas as coisas. A vida, por mais vulgar que pareça ser, por mais que dê a ideia de se satisfazer com coisas triviais e quotidianas, nunca deixa de se ocupar atentamente, ainda que em silêncio, de certas exigências superiores e de procurar os meios necessários à respectiva satisfação."
Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'
Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
"A nossa essência não está na razão." (Lev Tolstoi)
"Que teria sido de mim, que teria sido da minha vida se não fossem essas crenças, se não soubesse que é preciso viver para Deus e não para as minhas necessidades? Teria roubado, teria matado, teria mentido. Nenhuma das principais alegrias da minha vida teria podido existir para mim". E por mais esforços mentais que fizesse, não conseguia ver-se a si próprio como o ser bestial que teria sido, caso não soubesse para que vivia. "Buscava resposta à minha pergunta. Mas o pensamento não me podia responder, pois o pensamento não pode medir-se com a pergunta. A própria vida se encarregou de me responder graças ao conhecimento do bem e do mal".
"E esse conhecimento não o adquiri através de coisa alguma, foi-me outorgado, como a todos os demais, visto que o não pude encontrar em parte alguma. De onde o soube? Porventura foi através do raciocínio que eu cheguei à conclusão de que é preciso amar o próximo e não lhe fazer mal? Disseram-me na infância e acreditei-o com alegria, pois trazia-o na alma. E quem o descobriu? A razão, não. A razão descobriu a luta pela existência e a lei, que exige que se eliminem todos quantos nos impedem de satisfazer os nossos desejos. Esta a dedução do raciocínio, que não pode descobrir que se deve amar o próximo, pois amar o próximo não é razoável".
Leon Tolstoi, in "Ana Karenina".
"E esse conhecimento não o adquiri através de coisa alguma, foi-me outorgado, como a todos os demais, visto que o não pude encontrar em parte alguma. De onde o soube? Porventura foi através do raciocínio que eu cheguei à conclusão de que é preciso amar o próximo e não lhe fazer mal? Disseram-me na infância e acreditei-o com alegria, pois trazia-o na alma. E quem o descobriu? A razão, não. A razão descobriu a luta pela existência e a lei, que exige que se eliminem todos quantos nos impedem de satisfazer os nossos desejos. Esta a dedução do raciocínio, que não pode descobrir que se deve amar o próximo, pois amar o próximo não é razoável".
Leon Tolstoi, in "Ana Karenina".
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Regra de Ouro
"A regra de ouro consiste em rejeitar resolutamente a posse daquilo que milhões de pessoas não podem ter. Essa capacidade de rejeição não se alcançará repentinamente. A primeira coisa a fazer é cultivar a atitude mental de não ter bens ou propriedades negadas a milhões de pessoas, e depois disso temos de reordenar a nossa vida o mais rapidamente possível de acordo com essa mentalidade."
Mohandas Gandhi, in 'The Words of Gandhi'
Mohandas Gandhi, in 'The Words of Gandhi'
Aprendi que a nossa língua pode ser um objeto de maldição muito eficaz. Porque insistimos em falar o que não devemos, sem nos importar com o que isso pode causar?! E porque nos interessamos tanto em ouvir coisas que nem sabemos ao certo se é Fato, e ainda, se estão sendo narradas por pessoas sensatas.
Ah...Viajar!
“Uma das lições mais valiosas de viajar é entrar em contato com
outros mundos é aprender que a nossa forma de vida e as normas que às vezes
achamos tão preciosas são aleatórias, ou talvez só simples acidentes da cultura
em que nascemos.
Sair do que chamamos de nossa zona de conforto nos ensina que
tem muitas outras verdades e formas de viver e ver a vida, e, no fim, tudo
depende do ponto de vista sob o qual as vemos e das escolhas que nós fazemos.
Isso também pode nos ajudar a
nos livrar daquelas expectativas que a nossa sociedade nos impõe
sobre nós mesmos, mas que curiosamente não valem nada em outras partes do
mundo.
E talvez tudo isso se resuma em uma simples palavra: liberdade.
Viajar nos permite aprender que podemos ser livres e quem
quisermos ser, já que tudo é válido neste mundo tão diverso
e
maluco.” (Nathalie Trutmann)
Pablo Neruda
"Eu
amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde. Eu simplesmente amo-te,
sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer
outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que
a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço
os teus olhos fecham-se."
Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Reflito sobre algumas coisas... ultimamente, sobre o cuidado que temos com nosso corpo, sobretudo sobre a conservação de saúde do mesmo durante o máximo de tempo possível. Imaginei então em que nível estaria a taxa de mortalidade mundial se as pessoas se preocupassem com o seu bem estar, alimentação, exercícios e tudo o mais que seja necessário para manutenção de uma vida saudável, tanto quanto elas se preocupam em garantir um futuro financeiramente confortável. É raro nos depararmos com alguém que não se preocupe em fazer economias para o futuro, e infelizmente, o mesmo grau de raridade vem daqueles que monitoram a qualidade de vida que levam com o fito de prolongá-la, agora indago-vos: Adiantará em algo juntar dinheiro para o futuro, se todo ele NÃO será usufruído prazerosamente? Digo isso, porque é sensato vislumbrar que toda essa "grana" acabará nos bolsos dos grandes médicos e/ou hospitais.
sábado, 3 de agosto de 2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Texto de Joaquim Pessoa em "Ano Comum".
"Conta comigo sempre. Desde a sílaba inicial até à
última gota de sangue. Venho do silêncio incerto do poema e sou, umas vezes
constelação e outras vezes árvore, tantas vezes equilíbrio, outras tantas
tempestade. A nossa memória é um mistério, recordo-me de uma música maravilhosa
que nunca ouvi, na qual consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos,
o oboé.
O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento.
Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível. Tu sabes onde estou.
Sabes como me chamo. Estarei presente quando já mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá, decerto, algumas flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais sábias e as mais livres.
Conta comigo. Sempre."
O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas. Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do sofrimento.
Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas, ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até o que é indivisível. Tu sabes onde estou.
Sabes como me chamo. Estarei presente quando já mais ninguém estiver contigo, quando chegar a hora decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá, decerto, algumas flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais sábias e as mais livres.
Conta comigo. Sempre."
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