
“Só caminhando na verdade de nós mesmos, chegaremos a verdade de Deus” (Santa Tereza)
O conhecer-se a si mesmo é uma arte e uma graça.Ensina-nos os mestres e conhecedores da ciência que o homem não é igual a nenhum outro homem, embora composto de muitos elementos idênticos, ele é resultante de muitos fatores tais como: hereditariedade, educação, circunstâncias de vida, fisiologia, qualidades naturais, ambientais, etc, mais aperfeiçoado e não irreversível.Na busca do auto-conhecimento se faz necessário ter consciência dos seus limites, sobretudo aceitarmos como somos e construir sobre esse material bruto a obra-prima que cada homem é chamado a ser.A maneira como nos posicionamos diante daquilo que o mundo nos reservou para buscar dentro do seu interior aquilo que está tão escondido para o seu próprio conhecimento e reconciliar com o seu “eu”.Vou relatar para vocês um caso prático de descoberta de um auto-conhecimento, ou seja, o encontro de si mesmo diante da dor:- Um casal foi a um consultório psicológico para buscar orientação: a esposa pediu que ajudasse seu marido que já esteve em tratamento com seis outros profissionais, sem sucesso. O casal havia perdido há um ano, num acidente de carro, seu único filho e herdeiro de sua propriedade agrícola. Desde então o pai mergulhou numa passividade total, não cuidava mais de suas fazendas, não conversava com mais ninguém. De vez em quando, declarava que nada mais tinha sentido e que sentia vontade de se matar com um tiro na cabeça. Por insistência da esposa, o homem foi em busca de ajuda psicológica, em busca do resgate da sua identidade perdida. Relata o terapeuta: estava sentado à minha frente, aquele homem, com uma fisionomia inexpressiva. Eu sabia que nada, a não ser uma coisa poderia atingi-lo e assim perguntei-lhe:“Sr. X, se ainda pudesse fazer algo pelo seu filho, estaria disposto a fazê-lo?”. O homem levantou o olhar, assentiu e disse: “Faria tudo por ele”.E continuei: “Há algo que o senhor poderia fazer pelo seu filho, e ninguém mais, a não ser o senhor. Veja, até agora resultou apenas desgraças da morte do seu filho: o senhor está doente por causa do sofrimento, a fazenda está abandonada, sua esposa está desesperada. Todas as coisas boas que seu filho quisesse alcançar e realizar em sua vida, que teria colocado no mundo, foram barradas pela sua morte, a não ser que a partir de sua porte, ainda surgisse algo positivo que pudesse retroativamente dar sentido à sua vida e morte. Porém isto não está mais nas mãos do seu filho, depende de outro, talvez do seu pai, para dar continuidade a estas coisas positivas por ele, evitar que ele tenha morrido em vão.”O pai encheu os olhos de lágrimas e perguntou como pode surgir algo bom de sua morte? Porém ele próprio teria que encontrar a resposta, fazendo o seu auto-conhecimento, uma reflexão do seu amor, um amor saudável.O Sr. X perguntou-me: “Que direção tomarei?”, e respondi: “Suponhamos que o senhor tornasse suas terras novamente produtivas, abrisse a sua casa para os necessitados e os excursionistas que fazem caminhada. A todos que gozassem de sua hospitalidade, recebessem suas dádivas e perguntassem do porque de sua misericórdia, o senhor poderia responder: faço-a pela lembrança do meu filho, ele nos deixou muito jovem e eu gostaria que muitas pessoas se lembrassem dele com alegria e gratidão. Neste ponto, o homem cobriu o rosto com suas mãos e chorou amargamente por meia hora. Pela primeira vez desde um ano. Depois levantou-se e ajudando a sua esposa a vestir o casado, disse: “Vamos para casa, nós deixamos de fazer muitas coisas, mas agora vamos honrar a lembrança de nosso filho”E assim o homem foi devolvido a vida.
Por Socorro Olinda - Psicóloga e Consagrada de Aliança.
Um comentário:
Pripaaaa!!! Caramba, pq o blog de todo mundo é de utilidade pública e o meu só é para besteiras minhas, hein???hauhauhauhaua
Passarei sempre por aqui!!!
Bjosss
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