quinta-feira, 1 de maio de 2014

“Que o amor seja desinteresseiro, que ele não se vincule a nenhum preConceito, que nele resida uma essência profunda e resistente, que ele seja maduro e irrefutável, que seja também suave e puro, que ele renove constantemente suas forças e saiba  discernir qual espaço deverá proporcionar à dificuldades, que tudo o que emana do espírito, da nossa alma, do sentir, seja mais valorizado do que aquilo a que se pode tocar, que muitos consigam viver “menos em prol de si mesmos”, que os valores primordiais não sejam asfixiados pelo egoísmo e ambição, que os animais não mais sejam vistos apenas como “produtores” de alimentos e vestimentas, que a razão não cause cegueira e inércia, que a fome não seja causa de morte,que o bem sempre vença, que a honestidade seja superexaltada, que a desigualdade seja um problema grave, que o intelecto humano seja menos estéril, que não se relativize o que é absoluto e nem seja absolutizado o que é relativo, que nosso propósito de vida seja algo profundo que acaricie e faça crescer a alma, que os olhares sejam mais compreensivos e menos julgadores, que possamos constantemente fazer algo por alguém, que os dias sejam mais úteis e as noites regadas à leveza e filosofia, que eu pense cada vez menos em mim e muito mais nos irmãos que tenho por este mundo precisando da minha atenção, que as injustiças sejam esporádicas, e os museus mais visitados, que a soberba não encontre lugar entre nós, que a natureza atraia olhares que se deleitem em contemplação, que se formem pessoas mais sensíveis, que a música seja artística como antigamente, que o maior desejo se realize, que deitar em teu peito seja minha doce rotina, que eu realmente tenha “te encontrado”, que tudo seja verdade, que eu continue sendo tua e tu, meu, até teus noventa e seis anos chegar, que eu seja como um raio de sol em teu caminho, que tu jamais deixe de me olhar daquele jeito, que este mundo nos esqueça e nós esqueçamos dele, que ao acordar, tu sejas a primeira coisa vista por meu olhos, que a paz seja nossa leal companheira, que eu multiplique teus sorrisos até a velhice, que a ternura subsista, que tu sejas meu cobertor, e meu abraço, o teu abrigo.”  - P.P. 

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