"Naquela madrugada, eu não conseguia
dormir, algo me chamava para cá, resolvi atender àquele pedido, feliz decisão.
Senti um arrepio indescritível, de repente, um calor abraçou-me fortemente, eu poderia traduzir
como um vento impetuoso, e neste exato momento houve em meu coração a sensação
de plenitude. Meus reflexos diante daquele êxtase foram agudos, fechei os olhos
com certeza, veemência, mormente, instintivamente. Era como se aquele vento
fosse meu amigo há séculos, ou em vidas longínquas. Posso declaro que, naquele
instante, eu não estava provida de um décimo dos motivos que pudessem
justificar a paz que arrebatou meu coração. Para mim, é deveras confuso
exprimir algo tão inexplicável, tão místico e, no entanto, repleto de uma realeza arrebatadora.
Deus se manifestou mais uma vez para mim, e desta vez, foi tangível, o seu
Espírito ternamente Santo tocou-me de uma maneira inesquecível como já o fizera
há anos, quando eu ainda, e também, era uma menina descobrindo coisas, pessoas,
cores, e flores neste mundo. Ele, cujo nome tem inigualável poder, veio até
mim, exígua criança, eterna aprendiz, amante da vida. Ele pronunciou docemente,
quase que em sussurro, estas palavras em meu ouvido esquerdo: “Quanto mais a
pequenez for visível em teu ser... quão mais será a tua erudição, luminosidade,
espiritualidade. Nutre a tua humildade o quanto te for possível, e quando não
te for mais, concentra-te, e esforça-te para fazê-lo mais. As pessoas
perceberão, através de ti, que o segredo da evolução espiritual reside na
sustentação incansável da simplicidade. Encontrarás em mim, o teu eterno
refúgio quando tua mente pensar em vacilar, mas prometa-me: - Não esmoreça-te!
Ajuda o mundo, ele necessita de pessoas que consigam aniquilar o egoísmo, a
prepotência e intolerância, e este extermínio só é possível por meio da
disseminação natural da humildade, fraternidade e paciência. Mas ainda, o nosso
segredo, o enigma da tua alegria... é apenas o amor ao próximo, seja ele quem for." - P.P. em 06/02/14
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