quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vegetarianismo Ético


"Que crime horrível lançar em nossas entranhas as entranhas de seres animados, nutrir na sua substancia e no seu sangue o nosso corpo! para conservar a vida a um animal, porventura é mister que morra um outro? Porventura é mister que em meio de tantos bens que a melhor das mães, a terra, dá aos homens com tamanha profusão, prodigamente, se tenha ainda de recorrer à morte para o sustento, como fizeram ciclopes, e que só degolando animais seja possível cevar a nossa fome? [...] É desumanidade não nos comovermos com a morte do cabrito, cujos gritos tanto se assemelham aos das crianças, e comermos as aves a que tantas vezes demos de comer. Ah! quão pouco dista dum enorme crime! " [Ovídio em "Metamoforses"]

São João Crisóstomo, por exemplo, escreveu que a alimentação carnívora é uma luxúria e que o Homem ao comer carne é pior que os animais selvagens, que só têm esse forma de se alimentarem. Escreveu ainda, nas Homilias, que o ventre, quando sobrecarregado de carnes, vinga-se de nós por uma infinidade de males que nos faz sofrer.


"Se és, como te descreves a ti próprio, o rei dos animais -- seria preferível que te chamasses a ti próprio rei das feras selvagens porque és a maior de todas! -- porque não os ajudas para que eles possam ser capazes de oferecer os seus filhos ao teu palato, por mor do qual te transformaste num cemitério para todos os animais? Poderia ainda afirmar mais, se tal me fosse permitido." [Leonardo da Vinci]


“Leão Tolstoi foi um adepto e um apóstolo do vegetarismo. E não é pouco nem insignificante que um tal espírito e tão sublimado coração perfilhasse e praticasse essa doutrina, que a inércia moral e o poder do vício desprezam ou escarnecem na cegueira própria da sua particular estreiteza.” [Jaime de Magalhães Lima - amigo de Tolstoi, em 1911).

E eu também vou registrar aqui minha indignação com toda essa realidade: Não é justo que nós, seres humanos capazes de viver saudavelmente com os frutos e legumes que Deus nos dá em abundância, submetamos nossos inocentes animais à inenarrável injustiça de uma morte cruel, o prazer que aferimos no sabor de uma carne não compensa tantos crimes.  

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